Confira as principais propostas dos candidatos a presidente para ciência e tecnologia
Da Agência Brasil
Apenas quatro dos 11 candidatos à Presidência da República apresentaram propostas
de estímulo à área de pesquisa e inovação nos programas de governo
entregues à Justiça Eleitoral. Os presidenciáveis reconhecem a
importância do setor para a competitividade produtiva do país e, as
promessas, o priorizam a revitalização do sistema existente em órgãos
como o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e a revisão de
regulamentações sobre o setor.
Confira as propostas dos candidatos à Presidência para ciência e tecnologia:
Aécio Neves (PSDB) promete apoio para que universidades públicas
e instituições de pesquisa invistam mais na infraestrutura de pesquisa e
defende o ensino da tecnologia associado à resolução de problemas
sociais e a uma atitude empreendedora. O tucano quer estruturar um Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia & Inovação e revitalizar o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, como órgão colegiado, com representação nacional. Segundo ele, é preciso articular políticas de educação e ciência, tecnologia e inovação
e criar um programa nacional para formação de pesquisadores. Para
Aécio, a pesquisa brasileira precisa alcançar padrões internacionais
para impulsionar a economia,
diversificando as atividades e agregando valor. Ele garante que vai
estabelecer um programa para internacionalização da ciência brasileira,
envolvendo intercâmbio de pesquisadores e atração de cientistas
internacionais, e criar uma estratégia para incentivar a pesquisa e a
inovação nas empresas públicas e privadas. Outras promessas do candidato
são apoiar incubadoras de empresas em articulação com as universidades,
estimular a pesquisas de extensão voltadas para a agricultura familiar e
apoiar a Embrapa na pesquisa em agroecologia.
Dilma Rousseff (PT) defende a inovação como uma das
ferramentas para aumentar a competitividade produtiva do país. A
candidata à reeleição promete implantar plataformas do conhecimento como
uma das estratégias para acelerar a geração de inovação a partir da
interação entre cientistas, instituições de pesquisa
e empresas. Segundo ela, isso permitirá acelerar a produção de
conhecimento e sua transformação em produtos e processos inovadores
“fundamental para o crescimento de competitividade de nossa economia”.
Dilma também se compromete a adotar políticas industrial, científica,
tecnológica e agrícola para reduzir os custos de investimento e
produção, a partir dos estímulos a inovação que reduzam custos
logísticos e melhorem o ambiente de negócios do país.
Eduardo Jorge (PV) não tem propostas específicas sobre o tema.
Eymael (PSDC) defende um plano nacional de apoio à pesquisa “tanto em seu aspecto de investigação pura, como no campo da pesquisa aplicada.”
Levy Fidelix (PRTB) não apresenta propostas.
Luciana Genro (PSOL) não apresenta propostas sobre o tema.
Marina Silva (PSB) garante que vai ampliar os investimentos públicos e estimular os investimentos de empresas em pesquisa e desenvolvimento.
Segundo ela, o investimento total deve representar cerca de 2% do
Produto Interno Bruto (PIB), se aproximando do padrão dos países líderes
mundiais. A ex-senadora também afirma que vai aumentar o orçamento do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (CNPq) e fazer com que o Fundo Setorial do Petróleo volte
a ser alocado no Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (FNDCT) e não seja contingenciado. Marina quer recuperar
programas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e de agências
de apoio à pesquisa básica, aperfeiçoar o Programa Ciência sem
Fronteiras e criar um programa de atração de talentos com foco nos
pesquisadores mais jovens. O rol de promessas da candidata também inclui
o estímulo para que estados e municípios invistam em inovaçao e para a
criação de parques científicos e tecnológicos que atraiam investimentos
privados nacionais e internacionais. Outra medida apresentada é a
revisão da Lei de Inovação para dar segurança jurídica e solucionar
contradições legais existentes no texto.
Mauro Iasi (PCB), Pastor Everaldo (PSC), Rui Pimenta (PCO) e Zé Maria (PSTU) não apresentaram propostas.
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